Beija meu corpo
como se dele
nascessem estrelas,
que em instantes
serão mortas,
parindo luzes
que são vivas.
Beija meu corpo
como se a aurora
dependesse de
minhas águas,
assim como
as flores, os frutos,
os pássaros.
Tenho o mar atravessado em minhas costas e uma bola de fogo na cabeça. O mesmo fogo de que é feito o chão da terra. Minha língua é de barro vermelho e molhado. Nascida em dezembro, sou eu meu cavalo.
mestra acolhedora dos instintos
coragem da intuição
fogo nascendo d'água
brecha do corpo domado
enche de vida
meu coração.