Quando nasci era meio janela, daquelas de gravetos catados na floresta, e que se abrem nos dias de Sol.
Quando cresci, decidi que ia ser janela de menina ficar vendo a lua, ou então janela de pular, daquelas feitas pra fugir desembestada por ter feito o doce na cozinha desandar.
Teve época que sem querer fazia-me porta.
Era como um ritual de fingir ser quase grande.
Deixava o cadeado jogado perto dos pés, e me fazia pronta, pro cheiro dos sonhos entrar.
2 comentários:
eita saudade que eu tava dessas palavras, dessas metáforas que SÓ VOCÊ sabe fazer...
Abre a janela, que tua paisagem ainda vai salvar esse mundo, menina!
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