sexta-feira, 29 de agosto de 2008

o vestido

Veio de sensação distante,
num rumpido,
o vermelho do tecido se fez presente nas lembranças.
Abriu a gaveta com os dedos de frio,
com o vermelho nas mãos, sentiu o toque, o suspiro...
Preparava o corpo para fazer parte dele.
E o vermelho caindo aos poucos na pele agora rubra.
E sim. Coube exatamente.
Devagar, por entre a língua, carne, e palavras.
Num suspiro lento, ele coube.
Bailando no corpo, como se ali,
justo no peito, fosse teu palco.

(26.08.2008)

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