sábado, 15 de setembro de 2018

I - Nascer


Meu corpo, fábrica de vento,
sob a luz de Tempo foi parido na beleza preta das mãos
de minha Mãe. Na imensidão da memória, navalha recosturando o fio comido
pela dominação. Das mãos de minha mãe escorrego para a cura ancestral, resguardo. Ato de guardar-se dentro, proteção do nascimento, silêncio de Orixá morando em mim ORIpotência a beleza preta das mãos de minha mãe Darabi.




Para Mãe Darabi (Alba Cristina Soares),
de sua filha Oyá Inuféfé (Maíra Guedes) outono de 2018.


ilustração: "Ori", de André Hora.

segunda-feira, 11 de junho de 2018











haja quero
pra tanto
queria

(27.07.2015)



Foto: Lourdes Almeida



sábado, 17 de março de 2018

diário de uma agitadora

Virá!
Do céu de nossa boca,
palavra popular em viração.

Acirra-se, é tempo...
Em cada brasa virar vento,
dos corações fazer fogueiras.

E tomar
em luta viva, brasileira, 
o Estado, terras, e mansões.


(Maíra, 17.03.2016/2021)