Será que teu cheiro invadirá fevereiro,
como tua poesia as minhas manhãs?
Será que tuas mãos me amolecem ligeiro,
como amoleceu teu verso,
meu coração cabreiro
em falar de amor?
E teus olhos? Conseguirão ser
como tua palavra cachoeira,
tromba d'água inteira,
tipo sonho de verão?
E quando eu me despir imensa...
e tu me descobrir vento-pedreira,
... ainda assim ficará?
Não sei...
Verso balança, inebria os sentidos.
Abro os olhos pra não escorregar,
e te vejo a me dizer no ouvido,
que teu verso é afago doce,
carinho sereno,
que levantou ontem mesmo
pra me inundar.
(Maíra, 13.02.2020)
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