quarta-feira, 13 de maio de 2020

eu quero o amor revolucionário


Vento de nascer fogueiras
água de encontrar sementes,
eu quero o amor sem medo das armas que carrego,
capaz de levantar casas
fundar cidades
derrubar presidentes.

Desbravador do corpo
luz de liberdade
aprendiz de solidão.
Que se revoluciona ele mesmo - o amor - 
na estabilidade da transformação que cuida dos eixos
da respiração 
do próximo passo.

Amor quilombo,
negação da mercadoria
gozo-alquimia 
de princípios e propósitos
prontidão da memória
sem vergonha de existir.


(Maíra Guedes)

 

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