Criar é exercício de se aumentar para o sentir,
em expansão reentrante, deslinear.
Assumir as veias, o pulmão,
o coração como habitat.
É recuperar o sensível, o tino, a intuição.
A sagacidade da prontidão.
Alargar a memória,
dançar a memória,
mover-se mistério.
É recuperar-se líquida, evocando em movimento
o poder de correr entre as pedras, e minar,
todo esbranquiçamento patriarcal aniquilador.
É virar
olho d'água,
expansão de mar,
baía aberta dos pés a cabeça.
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