Medo de quando as palavras escorregam,
e a gente não vê os raiozinhos de sol por detrás dos fios de cabelo,
e não ver é como se o Sol não existisse.
E se ele não existe não tem dia pra passarinho cantar,
nem praia pra brincar de castelinho de areia,
e a gente nem vê se tem carambola no pé.
Só com lanterna.
E amor com lanterna é frio,
precisa de pilha, e aquelas coisas de invenção chata.
Quase suco de manga com açúcar mascavo.
Amarga o peito.
É dia pra sempre envelhecido.
(outono de 2008)
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