Nascida em alambique,
embriagada como um soneto.
Quando criança amolava as facas da vizinhança
depois ia brincar com as formigas.
Gostava dos vestidos de retalhos.
Aprendeu a tecer, bordar, rendar.
Depois de crescida derramou café quente nas anáguas.
Foi confusão de não caber em janelas curiosas.
Dia desses fugiu,
faca na mão, bordado na outra.
Embriagada de nascença,
com o vestido agora livre,
no deleite do soneto que a vontade espalhava.
( é de agosto de 2008, mas inventei de ler coisas antigas, e a gente no presente quase sempre se acha melhor que o a gente do passado, então agora é de agosto de 2011)
2 comentários:
Que lindo, mamá!
gostei muito do poema.
nem sabia q tinnhas blog!
virei sempre aqui.
beijões.
Me senti a própria menininha sem anáguas correndo pelo mundo a bailar coisas que só as flores bailam com o vento e a sentir coisas que só os pássaros sentem com o vôo.
Lindooooooooo
até senti vc mais pertinho de mim.. saudades, Bem-te-vi!
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