terça-feira, 21 de outubro de 2008

para manoel

Tenho cambaleio pra coisa de infância.

Quando lambuzada de menino de barro
fico ainda mais propensa a deitar de barriga virada pra terra.

Minha palavra tem prazer em despropósitos.

Amor é despropósito.
Poesia também.

Dia desses descobri que lágrima é mistura de água do mar
com açúcar de fazer doce.

Doce é coisa de infância,
mas serve pra treinar os fingidores de adultices.

Ele me ensinou a namorar formigas e amanhecer de noite.

Fiz descoberta que queria derramar em seu ouvido:
Os passarinhos nascem na boca das crianças.

Dia desses cutuquei palavra presa.
Me arranhou.

Fiz carinho,
ganhei poesia.


(20.10.08)

3 comentários:

Anônimo disse...

onde será que andas pirimpimpim?
beijo, beijo
isma.

Cíntia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Flor de Liz disse...

sempre olhando, viajando, contemplando e saindo com o coração um pouco mais feliz, saltitando....