Tenho cambaleio pra coisa de infância.
Quando lambuzada de menino de barro
fico ainda mais propensa a deitar de barriga virada pra terra.
Minha palavra tem prazer em despropósitos.
Amor é despropósito.
Poesia também.
Dia desses descobri que lágrima é mistura de água do mar
com açúcar de fazer doce.
Doce é coisa de infância,
mas serve pra treinar os fingidores de adultices.
Ele me ensinou a namorar formigas e amanhecer de noite.
Fiz descoberta que queria derramar em seu ouvido:
Os passarinhos nascem na boca das crianças.
Dia desses cutuquei palavra presa.
Me arranhou.
Fiz carinho,
ganhei poesia.
(20.10.08)
3 comentários:
onde será que andas pirimpimpim?
beijo, beijo
isma.
sempre olhando, viajando, contemplando e saindo com o coração um pouco mais feliz, saltitando....
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